Quanto você vendeu hoje? Quais foram os melhores vendedores? Que produto ou serviço teve mais saída? Se essas são perguntas que você precisa responder no dia a dia, o dashboard de vendas é obrigatório na sua rotina!

E as dúvidas não param por aí. Sempre há questões como: comparando com o período passado, qual foi o aumento percentual nas vendas deste mês? Qual filial vendeu mais? Tem algum item encalhado no estoque?

Ter essas respostas na ponta dos dedos é o que diferencia uma gestão comercial reativa de uma gestão estratégica. E é exatamente aí que entra o relatório comercial.

Neste post, você vai entender o que é um dashboard de vendas, como montar um e como usá-lo para fazer análises comerciais mais rápidas, visuais e eficientes.

Principais aprendizados deste artigo

  • Um dashboard de vendas é essencial para transformar dados brutos em decisões comerciais mais rápidas e estratégicas.
  • Existem diferentes tipos de dashboard: operacional, tático, estratégico e analítico. Cada um atende a uma necessidade específica da gestão comercial.
  • Bons dashboards ajudam a identificar gargalos, prever resultados, acompanhar metas de vendas e alinhar a equipe com mais eficiência.
  • Ferramentas como planilhas, CRMs e ERPs podem ser usadas para criar dashboards, dependendo do porte e maturidade da empresa.
  • A escolha dos indicadores deve considerar os objetivos do time comercial e o tipo de decisão que se espera tomar com base nos dados.

O que é dashboard de vendas, afinal?

Lembra das perguntas que fizemos no início deste artigo? Todas elas, e muitas outras, podem ser respondidas rapidamente com um dashboard, que é uma expressão em inglês que significa “painel de controle”.

E quando falamos em dashboard de vendas, estamos nos referindo a uma ferramenta que centraliza e exibe, de forma visual e intuitiva, as principais informações sobre o desempenho comercial da sua empresa.

Afinal, ele reúne dados atualizados e os apresenta por meio de gráficos e indicadores fáceis de interpretar, sem a necessidade de recorrer a planilhas complexas ou fazer contas na mão.

Essa praticidade torna o controle das vendas muito mais eficiente e estratégico.

Com as informações certas na tela, você pode tomar decisões mais rápidas e embasadas, ajustar metas, identificar gargalos e aproveitar oportunidades.

Seja em tempos de crise ou em momentos de crescimento, ter uma visão completa e confiável das suas vendas é essencial.

Mas, na prática, o que um dashboard de vendas realmente oferece para a sua operação? Contiune lendo para entender melhor!

Principais benefícios de contar com um dashboard de vendas

Ter um dashboard de vendas no dia a dia da equipe comercial é como ter um mapa sempre atualizado: ele mostra para onde você está indo, onde precisa ajustar a rota e onde estão as oportunidades.

Veja os principais benefícios:

  • Ajuda a ter uma visão completa e centralizada: reúne em um só lugar todas as informações relevantes sobre suas vendas, evitando o uso de múltiplas planilhas ou sistemas;
  • Facilita a tomada de decisões mais rápidas: com dados atualizados e visualmente organizados, você identifica problemas e oportunidades com mais agilidade;
  • Aumenta a produtividade do time: reduz o tempo gasto buscando dados e permite que a equipe foque no que realmente importa: vender;
  • Permite identificar tendências e padrões com mais facilidade: mostra o desempenho de produtos, vendedores e regiões, revelando o que está funcionando e o que precisa ser ajustado;
  • Melhora o acompanhamento de metas: compara os resultados com os objetivos definidos e mostra exatamente o que está travando (ou impulsionando) o crescimento;
  • Contribui para uma comunicação mais clara com o time: facilita o alinhamento entre áreas, deixando claro onde estão os acertos e os pontos de atenção.

Em resumo: um bom dashboard de vendas transforma dados brutos em decisões mais inteligentes e isso faz toda a diferença em um mercado cada vez mais competitivo.

3 exemplos de dashboard de vendas

Hoje, existem diversos softwares para gestão. Há mesmo quem use planilhas compartilhadas online para criar seus dashboards de vendas, os chamados, ironicamente, de “Excel Resource Planning (ERP)”.

Seja por meio de planilhas, CRMs ou ERP de verdade, cada solução tem seus prós e contras. O importante é entender qual delas faz mais sentido para o seu momento e para a complexidade da sua operação comercial.

Vamos entender isso?

1. Planilhas compartilhadas online

Talvez a grande vantagem desse exemplo de dashboard de vendas seja o fato dele ser gratuito, como é o caso do Google Planilhas.

Ele pode funcionar muito bem para empresas que estão começando, principalmente startups que contam com profissionais que sabem usar recursos escassos de maneira criativa.

Mas não se iluda: quando sua empresa começar a crescer, as atualizações das planilhas começaram a ficar complicadas. Além disso, um pequeno erro em uma fórmula de uma célula pode comprometer todos os dados da empresa.

Sem falar que planilhas têm uma capacidade computacional limitada. Em algum momento elas vão começar a ficar extremamente lentas e até travar!

2. CRM

Se você quer acompanhar o desempenho de suas vendas, trabalhar o relacionamento com clientes e gerenciar a equipe, um bom CRM online fornecerá um dashboard de vendas bastante eficientes.

Normalmente, esses softwares oferecem informações sobre o desempenho das vendas, o histórico do relacionamento com os clientes, têm uma versão do app no celular e contam com o chamado pipeline de vendas.

Nesse dashboard de vendas, é possível acompanhar de forma visual e intuitiva uma série de informações essenciais para a gestão comercial, como:

  • Todos os negócios em andamento na empresa;
  • Os valores envolvidos em cada oportunidade;
  • A origem de cada lead ou cliente;
  • O desempenho individual de cada vendedor;
  • As etapas do funil de vendas e a taxa de conversão por fase;
  • O tempo médio de fechamento dos negócios;
  • Comparativos de resultados por período ou equipe;
  • Indicadores de metas batidas.

Se você ainda não usa um CRM ou está em busca de uma ferramenta mais completa e fácil de usar, vale testar o Agendor gratuitamente por 7 dias e ver como um dashboard de vendas pode transformar sua rotina comercial.

3. Software ERP

Se seu negócio é voltado para o consumidor final, um software ERP é uma excelente alternativa para criar seu dashboard de vendas.

Entre os principais recursos de um ERP, estão:

  • Integração com frente de caixa, estoque, financeiro, compras e muito mais;
  • Atualização de dados importantes para o controle comercial;
  • Acompanhamento de indicadores de estoque, como giro de produtos, itens parados e necessidade de reposição;
  • Respostas automáticas para perguntas estratégicas, como: o que vendeu mais, qual filial teve melhor desempenho, quanto foi faturado hoje etc.;
  • Facilidade para identificar a necessidade de repor estoques ou ajustar margens de lucro em determinados produtos;
  • Agilidade na análise e no controle de vendas, com informações centralizadas em um só lugar.

Dessa forma, você terá as informações que precisa sobre o andamento de sua operação com um todo, em tempo real.

Isso quer dizer que aquelas perguntas que te fizemos lá em cima serão respondidas automaticamente, e poderão constar no seu dashboard de vendas para serem consultadas rapidamente.

Assim, a análise e controle de vendas se torna bastante ágil, inclusive com informações sobre a necessidade de repor estoques ou alterar margens de lucro em alguns produtos.

Para deixar a sua empresa ainda mais poderosa, você pode até mesmo integrar seu ERP com seu CRM, criando um sistema de informação ainda mais completo e eficiente.

Além disso, cada uma dessas escolhas depende do porte, da área de atuação, da verba disponível para investimento e do seu plano de negócios.

Por isso, analise cada um desses pontos, as vantagens e desvantagens apresentadas e escolha a melhor forma de contar com um dashboard de vendas em sua empresa.

* Este post foi escrito por Marcos Nannetti, Diretor de Operações da Nérus, empresa especializada em softwares de gestão de varejo.

Dúvidas comuns sobre dashboard de vendas

1. Quais são os 4 tipos de dashboard?

De forma geral, os dashboards são divididos em quatro tipos, de acordo com seu objetivo e nível de profundidade:

  • Dashboard operacional: traz dados do dia a dia da operação, com foco em agilidade e acompanhamento em tempo real. É útil, por exemplo, para monitorar metas diárias de vendas ou a produtividade de vendedores;
  • Dashboard tático: focado em análises semanais ou mensais, é usado por coordenadores e líderes de equipe para acompanhar tendências, comparar períodos e ajustar estratégias;
  • Dashboard estratégico: voltado à liderança e à tomada de decisão de alto nível. Exibe indicadores macro, como faturamento consolidado, CAC, ticket médio e previsões de receita;
  • Dashboard analítico (ou preditivo): é mais avançado e envolve cruzamento de dados para identificar padrões e prever comportamentos. Com ele, é possível antecipar queda nas vendas ou sugerir ajustes nas metas.

Entender esses tipos ajuda a escolher (ou combinar) o modelo mais adequado ao seu contexto e nível de gestão.

2. Qual a diferença entre um dashboard estratégico, tático e operacional?

A diferença está no nível de profundidade das informações, no público que vai utilizar e na frequência de atualização:

  • Dashboard operacional:
    • Foco: execução do dia a dia;
    • Usuários: vendedores e supervisores;
    • Frequência: dados atualizados em tempo real ou diariamente.
  • Dashboard tático:
    • Foco: acompanhamento de performance e metas por equipe ou setor;
    • Usuários: coordenadores e líderes;
    • Frequência: atualizações semanais ou mensais.
  • Dashboard estratégico:
    • Foco: visão ampla e indicadores-chave da empresa;
    • Usuários: diretores, sócios e gestores de alto nível;
    • Frequência: análise mensal ou trimestral.

3. Como saber quais métricas incluir em um dashboard de vendas?

A escolha das métricas depende do seu objetivo com o dashboard de vendas.

Para não cair na armadilha de “muito dado e pouca informação”, o ideal é selecionar apenas os indicadores que realmente apoiam suas decisões.

Algumas perguntas que ajudam nesse processo:

  • O que você precisa monitorar todos os dias?
  • Quais metas precisam ser acompanhadas?
  • Que tipo de informação o time precisa para agir mais rápido?
  • Quais são os gargalos mais comuns no funil de vendas?

Com base nessas respostas, você pode escolher métricas como:

  • Volume de negócios abertos e ganhos;
  • Taxa de conversão por etapa do funil;
  • Ticket médio e receita por vendedor;
  • Ciclo médio de vendas;
  • Projeção de receita futura;
  • Comparativo entre filiais ou períodos.

4. Existe diferença entre relatório e dashboard de vendas?

Sim, e entender essa diferença faz toda a diferença para uma gestão mais eficiente.

Relatório de vendas

É um documento mais descritivo e detalhado.

Pode ser feito semanal, mensal ou sob demanda, e geralmente traz análises mais profundas, com explicações, observações e até projeções. Seu foco é a interpretação dos dados.

Esse tipo de material costuma ser apresentado em formatos como PDF, apresentações ou até mesmo documentos de texto estruturados, prontos para serem compartilhados em reuniões ou com a liderança da empresa.

O foco do relatório é ajudar a entender o “porquê” por trás dos números, conectando os dados a causas e consequências. Ele é ideal para avaliações mais completas e para embasar decisões estratégicas com mais profundidade.

Dashboard de vendas

É uma ferramenta visual e dinâmica, pensada para facilitar o acompanhamento em tempo real.

Mostra os dados por meio de gráficos, tabelas e indicadores, ajudando a enxergar rapidamente o que está funcionando (ou não) na operação comercial.

Enquanto o relatório ajuda a entender o “porquê” das coisas, o dashboard mostra o “o que está acontecendo” no momento.

Seu intuito é ser uma espécie de mapa, que você pode consultar a qualquer hora e momento para entender para qual caminho as vendas estão indo.

Os dois se complementam: o dashboard é ideal para o acompanhamento diário, e o relatório, para análises mais aprofundadas.

5. Quais erros evitar ao criar um dashboard de vendas?

Um dashboard de vendas pode ser uma poderosa ferramenta de gestão. Só que, quando mal estruturado, acaba confundindo mais do que ajudando.

Veja os principais erros que você deve evitar:

  • Excesso de informações: tentar acompanhar tudo de uma vez torna o dashboard poluído e difícil de interpretar.
  • Falta de objetivo claro: sem saber o que você quer monitorar, os dados não fazem sentido.
  • Design pouco intuitivo: dashboards com visual desorganizado, fontes pequenas ou gráficos pouco claros dificultam a análise.
  • Dados desatualizados: se os números não forem atualizados automaticamente ou com frequência, suas decisões podem estar baseadas em informações incorretas.
  • Indicadores soltos: KPIs que não conversam entre si, ou que não se conectam com metas reais da empresa, perdem relevância.

6. É possível criar um dashboard de vendas gratuito e eficiente?

Sim, é possível!

Ferramentas como Google Planilhas, Google Data Studio (hoje Looker Studio), ou até mesmo o Excel já permitem montar dashboards de vendas funcionais e personalizáveis.

Essas opções gratuitas oferecem:

  • Gráficos e indicadores customizáveis;
  • Atualização automática de dados (com algum conhecimento em fórmulas ou integrações simples);
  • Compartilhamento com o time em tempo real;
  • Baixo custo de implementação.

7. Como usar um dashboard de vendas para prever resultados?

Além de mostrar o que já aconteceu, um dashboard de vendas bem estruturado também pode apontar o que está por vir e isso é ouro para qualquer gestor comercial.

Para prever resultados, é importante que o dashboard vá além dos dados brutos e inclua indicadores estratégicos, como:

  • Taxa de conversão por etapa do funil;
  • Tempo médio de fechamento;
  • Ticket médio e valor total de propostas em aberto;
  • Meta versus andamento das vendas no período atual;
  • Projeções baseadas em histórico e sazonalidade.

Com esses dados conectados, é possível fazer análises preditivas simples, como:

  • Estimar o faturamento até o fim do mês;
  • Prever gargalos no funil;
  • Antecipar a necessidade de reforçar ações comerciais para bater metas.

Se você usa um CRM como o Agendor, grande parte dessas projeções já pode ser visualizada, com base no histórico da sua equipe e nos negócios em andamento.