Como é exercida a liderança em sua empresa?

Manda quem pode, obedece quem tem juízo?

É claro que essa é uma forma exagerada e negativa de definir a liderança autocrática em um negócio.

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Na verdade, a liderança autocrática pode ser necessária em alguns tipos de organização, como as militares e religiosas, por exemplo.

Lembre-se que o  papel de uma boa liderança é orientar e supervisionar o trabalho das equipes e mobilizar os colaboradores para a busca de metas e objetivos em comum. 

E há diferentes formas de exercer uma liderança. Neste artigo, vamos nos concentrar na liderança autocrática, em que as relações entre líder e liderados é bastante verticalizada e as decisões se concentram na figura do líder.

Para saber mais sobre essa metodologia para conduzir equipes de trabalho, continue a leitura deste conteúdo e descubra quais as características do estilo de liderança autocrática:

  1. Poder de decisão centralizado no líder;
  2. A participação dos liderados se restringe a aspectos operacionais;
  3. Aspectos táticos e estratégicos se restringem ao líder;
  4. Estrutura de trabalho fixa;
  5. O líder tem maior controle sobre o desenvolvimento das atividades da equipe;
  6. Colaboradores com autonomia reduzida ou praticamente nula.

Você verá também suas vantagens e suas desvantagens ao ser aplicada no contexto corporativo de negócios.

E para completar, separamos alguns exemplos de liderança autocrática na prática.

Quais as características da liderança autocrática?

A liderança autocrática se caracteriza pela concentração de poder e autoridade em apenas uma pessoa. Esse tipo de liderança é pouco inclusiva e não leva muito em consideração a opinião das outras pessoas que compõem a equipe.

Dentre as principais características do estilo de liderança autocrática, destacam-se as que apresentamos a seguir.

1. Poder de decisão centralizado no líder

A tomada de decisão em organizações que usam a liderança autocrática é toda centralizada no líder.

Ele pode pedir informações, coletar dados, exigir relatórios e apresentações de seus comandados. Porém, não vai solicitar opiniões ou iniciativas inovadoras.

Na hora de determinar os rumos que a empresa vai seguir, é ele quem dá a palavra final.

2. A participação dos liderados se restringe a aspectos operacionais

Como consequência dessa postura centralizadora, o líder autocrático limita a participação de seus colaboradores a um papel secundário.

Eles passam a amortecer de forma automática aquilo que lhes foi definido. Isto é: são responsáveis pela linha de frente, pela operação do negócio em seu dia a dia, mas devem seguir à risca o que foi planejado pelo líder.

Isso pode engessar a empresa, por outro lado, traz mais segurança.

Imagine, por exemplo, se profissionais de enfermagem de um hospital decidissem aplicar procedimentos médicos sem seguir os protocolos estipulados pela liderança.

Seria um perigo, grande risco!

Não querendo dizer que organizações de saúde devem ter necessariamente uma liderança autocrática, mas que em alguns momentos e processos ela é necessária.

3. Aspectos táticos e estratégicos se restringem ao líder

Tanto no nível tático, de gerência, quanto no estratégico, da alta administração e diretoria, os líderes exercem seu poder sem consultar subordinados.

Dessa forma, a diretoria define o planejamento estratégico do negócio, metas e objetivos. Tudo isso sem consultar ou pedir opiniões de outros níveis hierárquicos, apenas dados e informações.

Em seguida, cada diretor faz o mesmo em relação aos gerentes que comandam, que, por sua vez, definirão os planos táticos seguindo essas diretrizes rígidas.

Os gerentes montam os planos táticos e instruem os colaboradores de linha de frente a seguirem estritamente suas determinações.

Veja mais sobre planejamento tático e estratégico em nosso blog:

4. Estrutura de trabalho fixa

A estrutura organizacional de cargos e o organograma é bem fixa e verticalizada.

Assim, o CEO tem sob seu comando algumas diretorias, cada uma delas conta com um certo número de gerentes. Estes, trabalham, eventualmente, com supervisores e, por fim, no final da cadeia de comando, estão os colaboradores operacionais.

Pode ser difícil que aconteça boa colaboração entre as áreas de negócios e as informações costumam não fluir adequadamente entre os setores.

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5. O líder tem maior controle sobre o desenvolvimento das atividades da equipe

Esta pode ser uma vantagem da liderança autocrática. Como as tarefas são extremamente bem definidas e detalhadas, e os resultados e metas também, fica mais fácil para um chefe autocrático acompanhar o desempenho de seus colaboradores. 

Não há desculpas ou mesmo mérito em mudar o que foi dito ou tentar inovar. É claro que o outro lado da moeda será a dificuldade de desenvolver novos produtos e serviços. Mas nem sempre esse é o foco de uma organização.

Se você precisa seguir de perto os resultados e as atividades dos times, a tecnologia vai te ajudar muito. Softwares ERP, CRM e de acompanhamento de performance são ideais para isso.

Veja, por exemplo, como funciona um bom CRM:

6. Colaboradores com autonomia reduzida ou praticamente nula

Como você deve ter notado, o papel dos colaboradores não permite tomar iniciativas próprias, sugerir projetos diferentes ou fazer mudanças.

Por isso, a liderança autocrática demanda um perfil de colaboradores que não se sentem desmotivados nessas situações, ou entendem que há um propósito nessa rigidez, em nome de um processo que não pode ter falhas.

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Quais são as desvantagens da liderança autocrática?

O estilo de liderança autocrática pode representar algumas desvantagens para a gestão de equipes. A primeira delas se refere à geração de conflitos.

Quando os colaboradores não se sentem livres para expressar suas opiniões e não são ouvidos pelo líder, há grandes chances de haver atritos internos que podem comprometer o desempenho do time.

A liderança autocrática também pode inibir a criatividade dos colaboradores, impedindo o desenvolvimento de soluções criativas para a empresa.

Esse regime de autocracia também gera uma maior dependência dos liderados na figura do líder. Na ausência dele, o fluxo da operação pode ficar comprometido. A proatividade dos colaboradores não é muito estimulada na liderança autocrática.

Essa forma de liderar pode aumentar o turnover, pois os colaboradores tendem a se sentir desvalorizados justamente por não terem voz e apenas obedecerem às ordens do líder.

Quais são as vantagens da liderança autocrática?

Apesar de tudo o que acabamos de citar, há também de se considerar as vantagens da liderança autocrática. Em alguns casos, esse estilo de liderar pode ser bastante benéfico.

Se aplicada corretamente, a liderança autocrática pode trazer uma estabilidade organizacional, especialmente em períodos de crise. 

Em equipes com profissionais pouco experientes, esse tipo de liderança também é bem-vindo para dar os direcionamentos necessários, educar os colaboradores, evitar erros e otimizar os esforços do time.

Além disso, as decisões são tomadas com mais agilidade, pois não há necessidade de consultar os demais colaboradores, fazer reuniões e ouvir diferentes pontos de vista.

Estilo de liderança autocrática: exemplos práticos

Agora que você já conhece as vantagens e desvantagens da liderança autocrática, é hora de mostrarmos alguns exemplos de liderança autocrática na prática para que você possa entender de uma vez por todas como esse estilo pode ser aplicado.

1. Supervisão de horário de entrada e saída

A liderança autocrática pode ser exercida pontualmente para tratar questões específicas, como o horário de entrada e saída dos funcionários. O líder pode, sozinho, determinar que todos os funcionários entram às 8h e saiam às 18h.

2. Definição de KPIS e de critérios técnicos de determinadas atividades

Em outro exemplo, a liderança autocrática pode ser aplicada quando o líder é o único que detém os conhecimentos técnicos para exercer determinadas atividades e precisa repassar esses conhecimentos para os seus liderados.

Em indústrias e linhas de produção, concentrar a liderança e o poder de decisão em uma única pessoa é uma alternativa interessante para evitar erros e padronizar o fluxo da operação.

Mais uma vez, a tecnologia será a grande aliada do chefe centralizador (e dos outros também) na hora de seguir o desempenho de sua equipe. Veja como um CRM será útil:

3. Plano de ação em momentos de crise

O líder também pode tomar as rédeas em períodos de crise. No caso da pandemia de Covid-19, por exemplo, muitas empresas precisam passar por mudanças e adaptações. 

Uma liderança autocrática pode ser implementada para passar segurança aos colaboradores e dar um direcionamento mais claro sobre como enfrentar esse período turbulento e de incertezas.

A liderança autocrática faz sentido na sua organização?

Com tudo o que você pôde conferir neste artigo, é possível concluir que a liderança autocrática pode ser uma alternativa interessante, desde que aplicada em contextos adequados.

Portanto, avalie as características e necessidades das suas equipes e verifique se vale a pena implementar esse estilo de liderança.

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  • Como parar de ser visto como o amigo de todos;
  • Técnicas para evitar o microgerenciamento;
  • Como delegar tarefas;
  • Temáticas para resolver conflitos;
  • Como se posicionar como líder.

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