Estamos cada vez mais próximos de 2023. Então, esse é o momento de recapitularmos os principais acontecimentos no mundo dos negócios e fazermos uma retrospectiva 2022. 

Vamos nessa?

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Acontecimentos que marcaram 2022

Este ano, sem dúvidas, foi marcado por fatos muito significativos: eleições presidenciais, conflitos internacionais e campeonato mundial de futebol. Portanto, é de se esperar que o contexto socioeconômico do Brasil esseja um pouco abalado.

Confira a retrospectiva 2022:

Invasão e guerra na Ucrânia

Logo no segundo mês de 2022, a Ucrânia foi invadida pela Rússia. Esse conflito gerou impactos significativos no mundo todo. 

A Rússia e a Ucrânia são importantes exportadoras de petróleo, gás natural, trigo e cereais. Juntos, ambos os países são responsáveis por 29% das exportações globais de trigo, 19% das exportações de milho e 60% da produção mundial de óleo de girassol. 

Já deu para imaginar os efeitos da guerra no Brasil, não é mesmo?

A importação desses produtos potencializou o cenário de crescimento muito baixo e inflação alta no Brasil. Apesar das tímidas melhoras que essas taxas apresentam, o consumidor brasileiro ainda se mantém mais cauteloso em relação às compras, e isso foi percebido inclusive nos resultados de vendas da Black Friday de 2022.

E o pior: ainda não sabemos até quando essa guerra pode durar. 

Eleições presidenciais

Não poderíamos deixar de mencionar as eleições presidenciais em nossa retrospectiva 2022.

O impacto das eleições foi tão grande que ainda podemos ver diariamente nos jornais como ela reverbera até agora.

O cenário político está conturbado, isso é um fato. Nesse sentido, o que as empresas devem fazer é traçar uma estratégia adaptativa e flexível, que acompanhe o ambiente externo da melhor forma possível.

Ainda é incerto quais serão os próximos acontecimentos e como impactam a economia brasileira. O que se espera, na verdade, é que a tensão da polarização se reduza, podendo dar até um ar de mais harmonia no ambientes de trabalho.

Os investidores, por sua vez, também voltarão a colocar o pé no acelerador e buscar fazer aplicações mais audaciosas. 

Mas lembramos que este é um cenário, dentro do possível, otimista. 

Copa do Mundo fora de época

Em 2022, vivemos uma Copa do Mundo em uma época bastante inesperada: depois das eleições presidenciais e antes das festas de final de ano.

Para os brasileiros, este é um dos eventos mais importantes do mundo! Neste período, o país todo se mobiliza para acompanhar os jogos da seleção. 

No entanto, isso teve um preço para o varejo. 

A Black Friday, que aconteceu durante a Copa do Mundo, não obteve o mesmo sucesso que as vendas do ano passado. A queda foi de 23% em relação a 2021.

Nas empresas, as negociações estagnaram porque a agenda agitada de jogos interrompeu as atividades das empresas. Então, nas vendas B2B, o campeonato mundial também foi não exatamente um aliado.

Além de tudo, também não levamos o tão aguardado hexa. Mas fica aqui a esperança de que o próximo ano seja mais estável em relação a eventos no ambiente externo. Até porque, no ano que vem, não teremos eleições, Copa do Mundo nem Olimpíadas.

Leia também: Planejamento de vendas 2023: quais aspectos considerar para o próximo ano?

Expectativas para 2023: o que 2022 nos ensinou

Previsibilidade é uma palavra que os empreendedores brasileiros não têm percebido nos últimos anos, não é mesmo? Apesar de tudo, empreender é isso: ser resiliente e tocar o seu negócio com as ferramentas disponíveis. 

Por isso, nesse sentido, somos cada vez mais forçados a recorrer a estratégias que sejam flexíveis.

Além disso, uma protagonista que ganha ainda mais espaço nas empresas é a tecnologia. Já não se pode negar que ela é crucial para a sobrevivência das empresas no mercado.

E mais: o cliente é a prioridade. Oferecer um atendimento de qualidade exige uma abordagem altamente personalizada, baseada em dados.

Saiba mais sobre o que a retrospectiva 2022 nos ensinou e quais são as tendências para 2023:

A jornada de compra híbrida, para agradar gregos e troianos

A pandemia gerou uma insegurança para as lojas físicas jamais percebida antes. Será que a chegada do e-commerce marcaria o fim do varejo tradicional?

Bem, o e-commerce teve um boom muito expressivo nos últimos anos, em relação a isso não há dúvidas. Porém, diante de um cenário mais tranquilo em relação à pandemia de Covid-19, os consumidores brasileiros voltaram às lojas físicas. 

O varejo tradicional ainda possui um lugar especial no coração dos brasileiros. Segundo um levantamento da Adyen, 72% dos entrevistados afirmam que estes espaços são uma parte importante do relacionamento com uma marca.

Então, para atender dois públicos diferentes, o varejo deve apostar em uma jornada de compra híbrida, isto é, trabalhar com as lojas física e digital simultaneamente

O relatório da Adyen também mostrou que 61% dos consumidores possuem preferência por um varejista que ofereça a possibilidade de compra online e devolução na loja física, por exemplo. 

Mas atenção: 70% dos brasileiros descartam a compra diante de uma experiência ruim, independentemente do canal. Nesse sentido, oferecer um atendimento de qualidade e uma experiência de compra satisfatória é crucial para o bom desempenho das vendas!

Saiba mais em: Vendas Omnichannel: o que são e por que apostar nesta estratégia no B2B

Negócios B2B ainda mais digitalizados

A pandemia pressionou fortemente a necessidade de transformação digital das empresas. 

Este era um movimento que já vinha ocorrendo no mercado B2B. Contudo, a necessidade de manter a operação funcionando adequadamente forçou as empresas a adotarem a tecnologia rapidamente.

A pesquisa da Opinion Box mostra que, atualmente, 68% das empresas B2B brasileiras estão mais digitais do que eram no início da pandemia. Isso significa que essas organizações elevaram o seu conhecimento em tecnologia e ampliaram a implementação de soluções tecnológicas em seus processos. E, neste momento, 61% das organizações consideram seu nível de maturidade digital alto ou muito alto.

O mesmo estudo da Opinion Box traz insights muito interessantes sobre o uso de tecnologia nas empresas. Veja só:

  • O WhatsApp Business é a ferramenta mais utilizada pelas empresas (41%);
  • Apenas 7% das empresas possuem uma estratégia de vendas totalmente baseada em field sales;
  • 59% das empresas possuem equipes de inside sales.

Ainda assim, algumas empresas ainda apresentam dificuldade em contratar soluções tecnologias de marketing e vendas, como um sistema de CRM, por exemplo.

O esperado é que a maturidade digital continue crescendo e atingindo mais empresas brasileiras. Mas o que fica de lição, principalmente para gestores e líderes, é que a transformação digital é uma realidade e uma necessidade, mais do que um diferencial competitivo.

ESG não pode mais ser ignorado

ESG é a sigla para Environmental, Social and Governance. Em português, “Ambiental, Social e Governança”.

Trata-se de uma série de ações de responsabilidade ambiental, social e governança de uma empresa. Ela serve para conscientizar as organizações sobre o seu impacto no meio ambiente e na sociedade.

Isso porque a crise climática é real, e a expectativa da população é que o mundo possa ser um lugar mais inclusivo e justo para todos. Aliás, é um comportamento natural do consumidor atual buscar conhecer os históricos das empresas e sua conscientização. As pessoas não querem se relacionar com marcas irresponsáveis; afinal, isso pode, inclusive, ir contra os princípios dos clientes.

O mercado de investimento reconhece essa importância e incentiva essas práticas. O ESG movimenta cerca de U$35 trilhões no mundo, e a expectativa é que esse número chegue a U$53 trilhões em 2025.

Portanto, é indispensável dar atenção à pauta ESG e incluir na empresa ações responsáveis para diversidade, inclusão e preservação do meio ambiente.

Esta é uma nova realidade nas organizações, e a recusa a atender essa demanda pode custar sua relevância no mercado. 

Celebrar e recomeçar! 

Encerramos a nossa retrospectiva 2022! Esperamos que nossas dicas sobre o que está por aí ajudem a sua empresa a ter mais “jogo de cintura” para o próximo ano.

Agora, é tempo de celebrarmos e agradecermos por mais um ano. Depois, com o ar de renovação que toda virada de ano traz, vamos arregaçar as mangas e definir novas metas para evoluirmos nossos negócios.

Que 2023 seja um ano próspero para nós! Cheio de novos desafios, conquistas e crescimento.

Nos vemos no ano que vem!